Sabes, às vezes as acções ou as palavras correm mais depressa que o bom senso ou a cautela. E acabamos por perder boas oportunidades para estar calada e quieta. E pomos de novo em risco tudo aquilo que não queremos perder. E volta o fantasma do passado recente a ensombrar as noites e os dias.
Parva que sou. Ainda não aprendi totalmente. Apenas parei a tempo de as coisas não piorarem.
Olho para as fotos das ondas enormes que assolam a costa e penso que, por vezes, sou assim para ti como aquelas ondas. Elevam-se de repente, sem aviso prévio e levam tudo pela frente, destruindo e alagando aquilo que era bonito e estava em ordem. Outras vezes penso que estou no meio daquele mar revolto e só a âncora que me segura me impede de partir à desgarrada e sem rumo, ao sabor das ondas e talvez acabando destruída na praia.
Seja como fôr. Hoje não foi um dia brilhante. Ainda deixei as palavras sairem como ondas na tempestade...e talvez tenha causado algo estrago.